Almost dead.

Relacionamentos: a parte mais complicada da vida.

Eu que achava que já tinha visto, vivido, presenciado um pouco de tudo, sempre me deparo com casos de querer matar ou morrer por amor no meu divã online.

Ele e ela são loucos um pelo outro. Ele e ela já perceberam que não conseguem viver um sem o outro. Ele e ela não podem ficar juntos porque ele e ela… Já tem outros alguéns na vida pra chamar de seus. Puta mundo injusto, não é?

E quando a vida prega dessas, como eu sempre costumo dizer, as pessoas tentam racionalizar os sentimentos. Tentam fazer a matemática da vida colocando todos os fatores em questão na maldita balança, que só serve mesmo pra desanimar gordinha em começo de dieta. Essa balança não existe, certo e errado não existem, chega uma hora em que nada mais existe.

E são sucessivos aborrecimentos, ciuminho daqui, ciuminho de lá, ligações escondidas, mensagens anônimas, consciência pesada, declarações, promessas… E os relacionamentos oficiais dos envolvidos vão ficando cada vez mais comprometedores, cada vez mais complicados, cada vez mais falsos. E cada vez menos desmembráveis, sufocantes… E os sentimentos de verdade vão pro bolso. Porque dizer a verdade dói muito mais que ser infeliz, às vezes.

O que fazer?

A Marina sempre diz que o importante na vida é ser feliz e não ter razão. Na verdade ela não diz exatamente isso ela se questiona, apenas:  ser feliz ou ter razão? Porque, incrivelmente, parece impossível as duas coisas caminharem lado a lado.

“O coração tem razões que a própria razão desconhece.”

E lá vamos nós sermos mais um pouquinho infelizes dia-a-dia, mais filhos da puta,  porque fazer o outro infeliz é muito, muito feio. Vamos casar por inércia, ter filhos por consequência e nos divorciarmos por desgaste.

E não há nada mais que eu possa dizer pra mudar isso.

2 responses to this post.

  1. Eu acho que não existe uma coisa ou outra: ser feliz ou ter razão. Como se a felicidade fosse inerente à ignorância. Acho que descobri que, em muitas horas, ter razão nos fazem felizes. Ultimamnete ouvir meu lado emocional me leva a caminhos tortuosos.

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  2. Posted by Sarah on 25/11/2009 at 11:59

    Ei, essa fala (“alguém pra chamar de meu”) é minha…

    Fazer o outro infeliz é feio, sim. Mas às vezes pode ser sem querer. “Eu não premeditei, ela também não, e simplesmente aconteceu”. Quantas vezes já não ouvimos isso? E colocar a culpa em quem? Na chuva?

    Dói fazer a coisa certa e ter razão (não que a razão não possa caminhar junto com o coração, mas tou falando deste caso específico). Mas dói mais ainda jogar tudo pro alto a cada promessa de felicidade que aparece.

    O melhor é mesmo avaliar sozinho se a relação vale a pena, e não colocar terceiros (e quartos, e quintos…) no meio dos problemas.

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