Boa tarde, Ericka, tudo bem?
Creio que meu caso é o mais complicado de todos que você já deve ter recebido por aqui. Tenho 26 anos, moro em Maringá, Paraná, e namorei por 6 anos o homem que pensei ser o amor da minha vida. Ele terminou o relacionamento comigo há 10 meses e,3 meses depois que estávamos separados comecei a sair com um colega de trabalho que sempre pareceu se interessar por mim. Não sou uma irresponsável, sempre tomei todas as medidas necessárias para evitar uma possível gravidez, mas descobri, há exatos 2 meses, que estava grávida desse relacionamento posterior ao meu longo namoro. Minha família está super envergonhada e a notícia não foi nada bem recebida. Pra completar o drama todo, o “colega de trabalho” (vamos chamá-lo assim…) e agora pai, não quer assumir o filho. Disse que tudo aconteceu muito rápido, que não tem certeza daquilo que quer, que eu que me vire sozinha. Estou desesperada.
Meu namorado de 6 anos, obviamente, soube de toda essa situação, e propôs reatar nosso antigo relacionamento, assumir o filho e me ajudar a enfrentar essa barra, mas não acho justo. Em primeiro lugar porque, segundo ele, não havia mais sentimento que o prendesse a mim e porque depois de tudo acabado, eu mesma comecei a perceber que ele tinha razão, que estávamos empurrando o namoro com a barriga por puro hábito e costume de estarmos lá, um com o outro.
O que fazer? Embarco nessa nova chance, formo uma família, dou um nome para o meu filho, ou permaneço sozinha? Me ajude por favor.
Beijo grande, aguardo ansiosamente!
*****
Oi, xuxu!
Quando você começou a escrever o e-mail, não imaginei que a situação fosse REALMENTE complicada. Todos os problemas quando estão acontecendo na nossa vida tendem a parecer os mais complexos do mundo e a maior parte dos e-mails que chegam aqui no Consultório já começam falando do quão difícil é a situação e tudo mais…Mas, de fato, falar de filhos, antigos relacionamentos… É mesmo delicado e envolve muitos sentimentos. Vamos ver no que eu posso ser útil!
Em primeiro lugar, não posso julgar se você foi ou não irresponsável. Conheço muitas mulheres que sempre se cuidaram para evitar gravidez e, ainda assim, num lapso, estavam lá, esperando um filho por algum comportamento impulsivo… Enfim, os porquês de você ter engravidado nesse curto relacionamento e não no outro não competem a mim, o negócio agora é lidar com a situação.
Filho, você já sabe, é pra vida inteira. É responsabilidade, é gasto, é educação… E ter uma família, não seria ruim. Deve ser exatamente por isso que você cogitou unir-se novamente ao seu antigo namorado que esteve presente por tantos anos e tentar formar, enfim, uma família. Eu acho complicado. Na verdade, as duas situações são. Se vocês terminaram o relacionamento em comum acordo, se respeitam, são amigos e não existe mais nada além de uma enorme consideração, vale a pena tentar um envolvimento? Quais as chances desse namoro suportar todas as dificuldades que estão por vir sem nenhum sentimento? Você acha que as coisas podem voltar a ser boas como foram um dia? Pode voltar a existir algum sentimento? Essas são questões que só você pode colocar na balança, não tenho como opinar. Só acho que ficar juntos apenas por compaixão, não funciona. Quer dizer, ATÉ funciona. Mas pode deixar ambos muito infelizes, presos a um compromisso inventado e que não necessariamente é a melhor solução. Você é jovem vai ter ainda muitas oportunidades de conhecer alguém que te ame, respeite e que aceite conviver com essa criança que está por vir. Parece impossível, desesperador, coisa de filme… Mas a vida tem dessas, acontece. É um risco, mas creio que essa seja a solução mais prudente no seu caso. Será que fui útil?
Num existe uma única resposta pro seu problema, aliás, pra nenhum problema!! Tentei te aconselhar ao máximo da forma que eu agiria se estivesse no seu lugar, te desejo toda sorte e força possível! E se precisar, estamos ai!
Um beijão! E me mande fotos do neném! =]
Ericka.
*****
Quer participar do Consultório? Envie seu e-mail para hipervitaminose.blog@gmail.com e saiba minha opinião sobre seu causo… Num dói, não! Eu garanto! =]